Os figosPor Elenise Benjó Num reino distante, o rei possuía uma plantação de figos especiais e incumbiu dois deficientes, um que era cego e outro que era aleijado, para tomar conta da plantação. Depois de algum tempo, o rei avisou que já havia figos maduros. O cego disse ao aleijado: “Leve-me até os figos porque não posso ver!” O aleijado retrucou ao cego: “Mas eu também não posso ir porque não posso andar!” Então o aleijado subiu nos ombros do cego e eles comeram dos figos. Passado um tempo, o rei cobrou: ”Onde estão os figos? O cego disse: “E como vou saber? Eu sou cego!”. O aleijado também se desculpou: “E eu, como vou saber? Eu sou aleijado!”. O rei, porém, era esperto; carregou o aleijado, colocou-o sobre os ombros do cego e disse: “Foi assim que comeram os figos!” A sabedoria popular judaica inclui conselhos que, se observados, farão com que a distância da intenção em relação à conduta nos manterá longe das tentações da vida, tendo a noção exata do certo e do errado numa dimensão mais próxima da realidade. É nesse processo evolutivo que tomamos consciência de que não somos apenas corpo que nos serve de vestimenta para a alma. É na transparência da alma que temos a dimensão da lucidez nos tornando só UM. “Onde quer que nossos pensamentos estejam, é lá que estamos”. As metáforas apresentadas neste conto tentam reproduzir a relação entre o corpo e a alma. O corpo mutilado sem pernas para alcançar e olhos para ver encontrará na alma a transparência, a essência da existência, onde reside o bem e o mal. Neste duelo estará o Divino para julgar atos dissimulados e cometidos, fazendo com que nos percamos de nós mesmos. “Uma consciência culpada não necessita de nenhum acusador”. (Talmude) |
terça-feira, 29 de novembro de 2011
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muito bacana essa pagina,gostei muito parabéns por continuar passando adiante suas tradições ,e historias ,de um povo tão especial.
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