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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O ARREPENDIMENTO

     Dois homens estavam em um trem para visitar um grande rabino; um estava deprimido e preocupado, enquanto o outro estava alegre e feliz, totalmente despreocupado. Ambos iam pedir conselhos para o Ano Novo que se aproximava e como ter um julgamento positivo. O mais alegre tentou animar seu companheiro, de várias maneiras, mas sem sucesso.
 
     Ao chegarem ao rabino, este questionou sobre suas ações no ano que passou: o mais triste informou que tinha cometido um grande pecado, enquanto o outro disse que não fizera “nada de mais”. O rabino, então, pediu que ambos fossem ao jardim da cidade. Ao triste ordenou que trouxesse a maior pedra que encontrasse lá e ao alegre que lhe trouxesse um saco cheio de pedrinhas. Após retornarem com a “missão cumprida”, o rabino ordenou que ambos recolocassem as pedras no exato local de onde as tomaram, explicando que esse processo era similar ao da Teshuvá.
 
     Ele explicou:
      - A ti, que estava triste por teu grande pecado, trazer a pedra grande trouxe a exaustão e isto incomodou, assim, também, o teu pecado foi um grande fardo e incomodou, logo teu arrependimento é mais duro, porém “mais fácil” é consertar tua falha (levar a pedra de volta ao exato local). Já tu, que não deste importância às pequenas falhas, garanto que terás muita dificuldade de colocar este monte de pedrinhas no seu exato local. Neste momento, o “triste” removeu seu duro fardo e estava alegre em saber que podia corrigir sua falha. Já o “alegre” ficou preocupado, pois realmente não sabia como devolver as pedras no jardim, menos ainda corrigir as falhas que não eram ”nada de mais
”.




     Estamos a poucos dias de Rosh Hashaná, que é considerado o Dia do Início do Julgamento.

     Na literatura rabínica, segundo nossa história, aconteceram, neste período, fatos que marcaram nosso povo. Consideramos essa época como o início da introspecção até o Dia de Yom Kipur, quando o Criador julga os atos dos homens.

     Os fatos deste conto mostram atitudes opostas. Quem vai ao rabino com o coração pesaroso e seus grandes pecados, mas com vontade de redimir-se, de assumir punições merecidas, de fazer teshuvá, encontrará o mais profundo desejo de retomar o bem.

     O arrependimento é uma mudança de atitude e exige uma mudança de conduta.

     Que, com o arrependimento de nossos pecados, encontremos o caminho para que o Criador permita que tenhamos nossos nomes inscritos no Livro da Vida..

 
     “O arrependimento prolonga a vida do Homem.”

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