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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O PONTO NEGRO

     Certo dia, um professor chegou à sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova-relâmpago.

     Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.

     O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume.

     Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha. Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta no texto, apenas um ponto negro, no meio da folha.

     O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte:

      - Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.

     Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa.

     Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta.

     Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha.

     Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar: - Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro
     O ponto negro representa o desconhecido, o que aciona em nossa mente o descontrole dos momentos de medo, da busca do que não se conhece e que habitam nossas fantasias.

     Nesse olhar, que busca o que nos falta, o de não sabermos o que queremos, de situações comprometidas com o “sem saída”, deixamos de ver a simplicidade da vida nas atitudes que não tomamos.

     É necessário educar nossa visão para o “além” do ponto negro: o que temos ao redor, as boas coisas que a vida nos oferece, a família que construímos o sustento que conquistamos, as amizades que fizemos, a saúde e as alegrias do dia-a-dia.

     Nossa memória afetiva necessita ser ampliada para que não vejamos apenas o ponto negro, e sim todo o bem que está à nossa volta e termos a certeza que, com a força do bom pensamento, podemos reverter situações, pois não há mal que nunca tenha um fim.

    SOMOS SEMPRE LEVADOS PARA O CAMINHO QUE DESEJAMOS PERCORRER.”

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