Um homem estava agachado no chão procurando algo. Um amigo se aproximou e, vendo aquela situação, perguntou:
-Você perdeu algo?
-Sim, perdi uma chave e não consigo encontrar - respondeu o homem.
O amigo de imediato se pôs a ajudar na procura. Após vasculhar uma região considerável à sua volta, o amigo perguntou, frustrado:
-Tem certeza que você perdeu a chave neste lugar?
-Aqui? Não...não foi aqui que eu perdi. Eu a perdi lá! – disse, apontando para um lugar distante.
Indignado, o amigo reclamou:
- E por que você está procurando aqui, se você perdeu lá?
- Ah... é porque aqui está claro e dá para procurar... Lá está muito escuro!
Na escuridão, sentimentos e temores criam forma, buscando uma fuga para o desconhecido. E o medo do desconhecido nos leva a libertar uma realidade, que, dependendo da forma como se manipula a imaginação, o mundo será qualquer coisa que desejemos ou precisemos que seja.
Se conseguirmos enfrentar e tomar decisões para não nos perdermos nele, encontraremos a nossa própria luz, conciliando contradições e fazendo com que pensamentos deixem de ser pensamentos, vendo tanto dentro quanto fora de nós mesmos.
Esse recurso interior é a busca para encontrarmos nossa individualidade e chegarmos à nossa verdadeira luz.
É dessa dualidade de escuridão e luz, nessa projeção de desejo e necessidade, que tiramos a capacidade de sobreviver à nossa criação.
“Como o mundo é claro e belo, quando não nos perdemos nele, e como é escuro o mundo, quando nos perdemos nele."
Profundo e verdadeiro!
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