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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A ESCURIDÃO

     Um homem estava agachado no chão procurando algo. Um amigo se aproximou e, vendo aquela situação, perguntou:
     -Você perdeu algo?
     -Sim, perdi uma chave e não consigo encontrar - respondeu o homem.
     O amigo de imediato se pôs a ajudar na procura. Após vasculhar uma região considerável à sua volta, o amigo perguntou, frustrado:
      -Tem certeza que você perdeu a chave neste lugar?
      -Aqui? Não...não foi aqui que eu perdi. Eu a perdi lá! – disse, apontando para um lugar distante.
      Indignado, o amigo reclamou:
       - E por que você está procurando aqui, se você perdeu lá?
      - Ah... é porque aqui está claro e dá para procurar... Lá está muito escuro!



       Na escuridão, sentimentos e temores criam forma, buscando uma fuga para o desconhecido. E o medo do desconhecido nos leva a libertar uma realidade, que, dependendo da forma como se manipula a imaginação, o mundo será qualquer coisa que desejemos ou precisemos que seja.
      Se conseguirmos enfrentar e tomar decisões para não nos perdermos nele, encontraremos a nossa própria luz, conciliando contradições e fazendo com que pensamentos deixem de ser pensamentos, vendo tanto dentro quanto fora de nós mesmos.
      Esse recurso interior é a busca para encontrarmos nossa individualidade e chegarmos à nossa verdadeira luz.
      É dessa dualidade de escuridão e luz, nessa projeção de desejo e necessidade, que tiramos a capacidade de sobreviver à nossa criação.
      “Como o mundo é claro e belo, quando não nos perdemos nele, e como é escuro o mundo, quando nos perdemos nele."

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