O rabi Chaim de Zans perguntou a um transeunte qualquer:
-Se encontrares uma bolsa cheia de dinheiro, a devolverias a seu dono?
- É claro! – disse o homem. – Eu a devolveria no mesmo instante!
- És um bobo – disse o rabi
Parou outro homem e fez a mesma pergunta.
-Não devolveria nada. Não sou tão louco – disse este.
- És uma má pessoa – disse o rabi.
Então chamou um terceiro homem.
- Rabi, como poderei saber em que situação estarei quando isso me acontecer? Talvez não possa, neste momento, resistir à inclinação ao mal e me apodere do que não é meu. Porém, também pode ser que D’us, bendito seja, me ajude a lutar contra ela e, neste caso, procuraria o dono.
-Apenas tu és sábio – disse o rabi Chaim de Zans
Ser sábio é quem sabe respeitar a moral e os costumes, sendo humilde, gentil e tratando o outro como gostaria de ser tratado.
É uma questão de equilíbrio, sendo necessário viver, comungar com as coisas mundanas sem esquecer suas obrigações; é ter alegria de viver e nelas incorporar regras de ética e moral.
De onde vem a sabedoria? Onde está o lugar do entendimento? D’us entende seu caminho e sabe seu lugar.
Salomão, o Grande Sábio, nos leva ao questionamento da sabedoria, onde coloca que ela nos conduzirá ao correto e carecendo dela, tenderemos para o pecado, de acordo com o modo que vivemos. Interpretando suas palavras, temos a linguagem figurada de um machado que, não sendo agudo, necessitará de mais força para que se corte algo e, metaforicamente falando, a sabedoria de D’us sempre será aguda e nunca perderá o corte.
Reconhecendo que as ações são reflexos das situações e que só passando por elas teremos o conhecimento de nossas atitudes, sábias ou não, diz um ditado judaico: “NÃO CHAME DE HONESTO UM HOMEM QUE NUNCA TEVE A OPORTUNIDADE DE ROUBAR.”
“O caminho para a sabedoria é uma forma de ética.”
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