Conta-se que um discípulo bateu à porta de um rabino, tarde da noite. Este perguntou:- Quem é?
O discípulo respondeu:- Sou eu.
O rabino não abriu a porta. O discípulo voltou a bater e o rabino repetiu a pergunta. O discípulo novamente respondeu:
- Sou eu, mestre.
Novamente silêncio. Depois de repetidas vezes, o discípulo calou-se.
Então, o rabino abriu a porta e fez o seguinte comentário: -
Toda vez que você respondia usando a palavra “eu”’, não havia ninguém lá fora, só ilusão. Ninguém, além do Eterno, pode usar a palavra “eu” sem ser pura ilusão.
O discípulo respondeu:- Sou eu.
O rabino não abriu a porta. O discípulo voltou a bater e o rabino repetiu a pergunta. O discípulo novamente respondeu:
- Sou eu, mestre.
Novamente silêncio. Depois de repetidas vezes, o discípulo calou-se.
Então, o rabino abriu a porta e fez o seguinte comentário: -
Toda vez que você respondia usando a palavra “eu”’, não havia ninguém lá fora, só ilusão. Ninguém, além do Eterno, pode usar a palavra “eu” sem ser pura ilusão.
“E D’us criou o homem à Sua própria imagem.”
Uma vez que o Eterno não tem forma ou imagem, a Torá nos diz que fomos criados à imagem espiritual de D’us, que nos deu o dom da fala, dotando-nos do livre arbítrio, razão, moralidade e a intenção de imitá-lo.
A imitação não nos leva a igualar nossas imperfeições à perfeição do Sagrado.
Sem essa perfeição, o homem perante o Universo é um ser que, na primeira tentação apresentada, transgrediu a imagem que fazia de si, tornando-se apenas uma partícula da criação Divina.
A sabedoria da fala nos leva à consciência dos objetivos de nossas vidas, aperfeiçoando nosso caráter, tornando-nos pessoas melhores.
Por mais que nos esforcemos nessa perfeição, temos que reconhecer que o nosso eu jamais nos levará à comparação do “eu” Divino, que é Sagrado e Único.
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