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sábado, 25 de junho de 2011

CONTOS JUDAICOS SOB A VISÃO DE UMA SIMPLES PROFESSORA

              Nos dias de hoje, onde algumas pessoas  se esquecem  de alimentar não seu corpo, mas sua alma, a tradição judaica com seu acervo rico de sabedoria e regras nos traz um fundo de ensinamentos com seus princípios éticos e morais.
            Através dos contos, que nos possibilitam diversas interpretações, profundas como a dos sábios e menos profundas como a dos leigos, respeita a nossa única verdade - A DE QUE SEREMOS JULGADOS NO DIA DO JUÍZO FINAL. E é nesta verdade que nos inserimos, obedecendo e respeitando as regras do nosso povo, tão antigo no tempo quanto no saber. O acervo de contos, que nos são transmitidos e que passamos aos nossos filhos e aos filhos dos nossos filhos por gerações, a cada era serão interpretados de modos diferentes, pois cada cabeça pensante acumula novas experiências, e esta sabedoria popular e anônima, através da transmissão oral e do seu grau de religiosidade, a repassa com sua própria visão do mundo.
            Além da sabedoria atemporal, aplicável a todas as épocas, encontramos uma diversidade de interpretações típicas do pensamento judaico, pois possibilitam a discussão e a dúvida.
            Como professora, muitas vezes, recorro a estes contos com a finalidade de trazer o questionamento da ética e da moral de fundo didático.
            Os contos são populares, pertencem na maioria ao folclore de diversas culturas, que a adaptam a realidade a que pertencem.
            Contar histórias é um ato de amor, de doação, de transmitir, sabendo respeitar no outro a sua visão do conto. Esta é a verdadeira sabedoria. Contar histórias, não é apenas informação, que se perde através dos anos. É tocar fundo a alma de quem ouve assimilando por todo sempre e repassando para novas gerações, atualizando com novos aprendizados e se integrando à sociedade mais um cidadão da nossa comunidade, mais um cidadão do mundo.
‘Há quatro tipos de aprendizagem: os que podem ser comparados à esponja, ao funil e à peneira.
“A esponja tudo absorve; o funil tudo concentra, mas nada retém; o filtro retém as impurezas, mas perde o vinho; já a peneira retém o que é precioso, e libera o refugo.”
                                                                       ÉTICA DOS ANCESTRAIS, 5:19

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