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sábado, 25 de junho de 2011

Fábula da Verdade


    “Um dia, a Verdade andava visitando os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como o seu nome. E todos que a viam viravam-lhe as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas vindas. Assim, a Verdade percorria a Terra, rejeitada e desprezada. Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, num traje belo e colorido.
    - Verdade, por que estás tão abatida? - perguntou a Parábola.
    -Porque devo ser muito feia, já que todos me evitam tanto! - respondeu a Verdade.
    -Que disparate, não é por isso que te evitam. Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece. - falou a Parábola.
    Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda.
    – Os homens não gostam de encarar a Verdade nua,  eles a preferem disfarçada.”
                                                                            
                                                                             (Conto Judaico - Autor desconhecido)  


    Estamos num mundo de grandes transformações onde somos forçados a acreditar, através da mídia, em tudo que nos é imposto. Às vezes, quando apresentada, não nos leva a encarar como uma verdade, fugindo do senso comum, chocando nossa consciência crítica. A verdade para uns pode não ser para outros. Dependendo da forma como ela se apresenta possui inúmeros significados. Este pensamento implica no imaginário, na realidade e de como se vê o mundo.
     Dentro da Tradição Judaica, temos as Fábulas, que nos remetem ao oculto e às indagações ao aceitá-la, dentro de um contexto  de fantasia, analisando a busca da verdade. Cabe-nos a responsabilidade e o discernimento de reconhecer e classificar como falso ou verdadeiro.
    “Em três coisas se sustenta o mundo: a Justiça, a Verdade e a Paz.”

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