Páginas

sábado, 25 de junho de 2011

O ceifeiro e sua filha


   
    Há muitos anos, um homem foi ao campo roubar trigo e levou sua filha para que ela o ajudasse nas tarefas.
    “Filha”, disse ele, “fica aqui na estrada de guarda para que ninguém me veja.”
    Mas assim que o homem começou a ceifar, a filha gritou-lhe: “Pai, estão a ver-te.”
    O homem levantou a cabeça e olhou para a esquerda, mas como não viu ninguém continuou a ceifar.
    “Pai, estão a ver-te”, gritou a criança uma segunda vez. O homem levantou a cabeça e olhou para a direita, como nada viu continuou a ceifar. Passados mais uns minutos, a menina gritou uma terceira vez: ”Pai, estão a ver-te”.
    O homem olhou para frente, mas não viu ninguém e continuou a ceifar. “Pai, estão a ver-te”, gritou a filha pela quarta vez.
    O homem olhou para trás e como não viu ninguém ficou irritado com a criança:    “Então filha?! Dizes que me veem, mas eu já olhei em todas as direções e não vejo ninguém.”
    A filha encolheu os ombros: “Mas pai, estão a ver-te dali”, disse ela apontando para o céu.
    Cada cultura constrói seus próprios princípios éticos e cada indivíduo os interpreta conforme a educação que obtém. O Judaísmo não é somente uma questão de fé, que é severa e exigente com todos. Ainda que ninguém mais neste mundo saiba, cada um será julgado pelas suas intenções. A distância entre a intenção e a conduta suscita reflexões na vida cotidiana. D’us,  Presente e Onipotente julga  O HOMEM PARA QUE HAJA JUSTIÇA SOBRE A TERRA. O mau exemplo de um pai a  seu filho é expressamente condenado nos mandamentos divinos, sintetizados nos 613 preceitos, que devem ser cumpridos para que sejamos considerados “justos”.
     O mal pode vir de fora e cedermos ou não é responsabilidade de cada um, pois esta inclinação está dentro de nossos corações.
     A filha baseada em sua fé religiosa reinvidica o valor da virtude, porque a  certeza é anterior à razão que nossa mente é capaz de produzir. Mesmo se expondo a comunicação destes dois mundos: o interno e o que perverte, “ela se entrega à própria natureza lembrando ao pai que a ‘LEI É PARA O HOMEM E NÃO O HOMEM PARA A LEI”
     “Saiba que existe acima de ti  um olho que vê, um ouvido que ouve  e todos atos sendo inscritos em um livro.”
     “UMA VIDA JUSTA É UMA RECOMPENSA POR SI MESMA.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário