Conta-se que um homem se perdeu numa floresta. Buscou de todas as formas uma saída, mas não a encontrava. Ao anoitecer, quando estava prestes a se desesperar, viu ao longe uma luz. Logo pôde distinguir que se tratava de um homem com uma lanterna. Ficou radiante, certo de que estava salvo. Aproximou-se dizendo:
- Estava perdido, mas pela graça dos céus encontrei-o! O homem da lanterna respondeu com ar pesaroso:
-Eu sinto muito... eu também estou perdido! Mas não se desespere. Você sabe por onde buscou a saída e eu sei por onde tentei. Juntos temos mais chances de encontrarmos o caminho!
Enquanto buscava se consolar, viu que o homem da lanterna tinha os olhos fechados. Exclamou: -Você é cego!
-Sim, respondeu.
-Mas, então, por que você precisa de uma lanterna?
-Ah... a lanterna não é para mim... não é para que eu veja, mas para que os outros me vejam!
A luz que os olhos nos permitem ver, nem sempre é a que deixa com que enxerguemos nossa alma. E é nesse interior que permitimos nos perder ou descobrir o caminho que projetamos encontrar.
A forma com que visualizamos, em nossa mente, a noção da claridade interna nos faz enxergar o que não queremos ver.
Da escuridão, o Criador nos deu a vida e, dessa dualidade surgiu o claro e o escuro, a certeza e a incerteza do que acontece e do que poderá acontecer. Nos caminhos que traçamos seguir, muitos obstáculos farão com que ocultemos o visível e, deixemos de iluminar a trilha a percorrer nos perdendo na falta de objetivos precisos do que queremos encontrar e, assim... perdemos-nos de nós mesmos.
E, é neste lugar que D’us, que tudo vê, permite, nos vermos em nossa essência, na condição de quem é visto, mas não se vê.
Encontramos nosso caminho ao iluminarmos nossas vidas, não com a visão dos olhos e sim com a visão da alma.
“A luz é especialmente apreciada após a escuridão.”
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