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domingo, 21 de agosto de 2011

MEU PRÓPRIO FILHO

        Reuven era um comerciante que certo dia abriu uma joalheria.Logo os negócios começaram a dar certo, e ele decidiu chamar seu filho único para ajudar a tomar conta da loja.
     Os negócios aumentaram e Reuven resolveu contratar um estranho para ajudá-lo nas vendas.
     Com o passar do tempo, Reuven começou a perceber que, no final do expediente, ao fazer o balanço diário, faltava um pouco de dinheiro no caixa da loja.
     Após alguns cálculos, ficou óbvio para o comerciante que um de seus funcionários agia de forma desonesta.
     O homem foi muito paciente e conversou com os funcionários, deixando claro que poderia ajudá-los se estivessem passando por dificuldades. Ninguém se acusou e o dinheiro continuou desaparecendo.
     Sem alternativa, certo dia, no final do expediente, o comerciante resolveu verificar os bolsos do estranho e de seu filho quando saíam da loja. Nesse dia, constatou que o estranho roubava seu dinheiro. Pior do que isso, comprovou que seu filho também o roubava. Imediatamente ele resolveu demitir o estranho. Pagou seu salário, mais uma indenização por demiti-lo, ainda deu-lhe um presente e mandou-o embora. Quanto ao seu filho, Reuven levou-o para um quarto e deu-lhe uma boa bronca. Aplicou uma longa lição de moral e deixou-o de castigo sem qualquer remuneração.
     Antes de o pai sair do quarto, o filho resolveu questionar sua atitude. Como seu pai podia cometer tamanha injustiça? Enquanto o estranho recebera seu salário, uma indenização e mais um presente, seu filho único fora castigado e ficara sem qualquer remuneração!...
     Percebendo a ingenuidade do filho, o pai voltou-se para ele e explicou sua atitude:
     -Aquele estranho, eu não quero ver nunca mais. Não me importo com ele. Mas você, meu único filho, permanecerá sempre ao meu lado. Por isso, eu preciso tomar atitudes que o eduquem e corrijam seus vícios.
  


      O que nós adultos, queremos para nossos filhos?
     Quais são nossos valores?
     É importante saber aonde se quer chegar.
     “Quando um pai se lamenta que seu filho segue pelo caminho do mal, o que fazer? Amá-lo mais que nunca.”
     Há diferentes formas de se cuidar e nossa sociedade passa por uma crise de limites.
     O limite tem um caráter controlador e organiza na mente das pessoas o poder de discernir o que é ou não correto, construindo bases sólidas de sua relação com o mundo.
     Algumas pessoas acham que um pouco de desonestidade nas suas vidas é um meio fácil de ter êxito. O ensinamento Divino “Não furtarás”, “Não Mentirás”, “Não dirás falso testemunho contra teu próximo” devem nortear a qualidade dos valores que queremos para nossos filhos, para que percebam que há permissões, proibições, aplausos e limites.
     “Aquele que perde a sua honestidade já não tem mais nada  a perder.”
     Neste conto, a atitude “incoerente” do pai, demonstra que ama o filho, preservando sua ética, honestidade, respeito e assegurando que tudo o que vier a construir será duradouro.
     Quanto ao estranho, a vida se encarregará de educá-lo ou não, mostrando-lhe que, cedo ou tarde, o que for mal conquistado, perder-se-á.

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