Era uma vez um menino muito pobre. No seu aniversário ganhou uma moeda. Ele guardava-a no seu bolso pensando no melhor emprego que daria a ela. Ele queria comprar um brinquedinho, pois não tinha nenhum. Mas não se decidia porque tinha medo de que, se um dia não tivesse o que comer, poderia comprar pelo menos um pãozinho e não ficaria com fome. E assim, a moeda ainda estava em seu bolso.
Uma tarde, passando pela rua viu outro menino. Este trazia uma gaiola com um passarinho que havia aprisionado. O passarinho ia triste e encolhido. Aproximou-se do menino e propôs comprar a avezinha. Feita a compra, ele abriu a janelinha da gaiola e soltou o passarinho.
Cada um tem seu modo de pensar, agir, usar ou não aquilo que recebe do Divino e, que com seu livre arbítrio, aprimora em ações ou rejeita em atitudes.
Confrontamo-nos com situações e ações que podem resultar em atos de vandalismo ou de extrema bondade, que nos torna caridosos ao respeitar o outro como um ser liberto de amarras criadas pelas mãos de seu próprio semelhante.
A bondade, quando baseada no respeito de ser, ter e dar, leva-nos ao confronto entre os ensinamentos que procuram nos passar na infância, na busca de que os internalizemos ou não, sentindo o absurdo desse investimento na vida
Saber valorizar o que possuímos, respeitando o lúdico das nossas crianças, que buscam o mais caridoso saber, lidando de diferentes formas, mostrando ao mundo compreender e respeitar as palavras de uma adolescente que, numa época tão dolorosa para nós, encontrava meios de amar e com toda sua dor deixou-nos a mensagem “Apesar de tudo eu ainda creio na bondade humana.” (Anne Frank )
Na comparação entre as duas crianças do conto, as metáforas se apresentam como aquele que aprisiona e aquele que dá o pouco que tem a fim de trazer o sonho da liberdade aos que estão aprisionados pelas correntes da maldade humana.
“A verdadeira caridade é praticada em segredo. O melhor tipo de caridade é aquela em que quem a faz ignora quem a recebe, e quem a recebe ignora quem a faz.”
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