Rabi Yisraerl Zalmn de Charchov, um discípulo do Rabi Avraham de Slonin, certa vez reclamou com Rabi Avraham. “Rebe, trabalhei tanto durante toda a minha vida para fazer teshuvá (arrependimento), e mesmo assim não consigo notar a menor alteração em meu caráter. Que posso fazer?" Rabi Avraham replicou: “imagine um homem que está preso no barro até os tornozelos. A cada passo que dá, afunda novamente no barro. Talvez pense que não está conseguindo nada com estes passos, mas a verdade é que cada passo o aproxima mais da terra seca”. Neste conto é necessário distinguir a vontade pessoal da necessidade do imediato e de ver os resultados. É necessário dar continuidade aos nossos esforços, criar raízes sólidas, assimilar e internalizar o aprendizado sem precipitação. O que caracteriza o conhecimento é o estudo sério, é ir do conhecido ao desconhecido. Um erudito estará “integrado no seu estudo” tomando cuidado para rever sempre aquilo que estudou, “Ouvindo e acrescentando”, no sentido de considerar que nunca sua educação estará terminada, mas que a cada degrau, a cada passo, a cada aprendizado, ele estará se tornando mais sábio. A teshuvá não se dá apenas de fora para dentro. É importante ter firmeza e certeza de que no empenho de encarar as adversidades da vida conseguiremos, passo a passo encontrar fundamentos para nos fortalecer e que as “ações” diárias de nossas vidas não arruinarão nosso pensamento ou nosso caráter, e nem interferirão em nossa fé ou devoção religiosa e que, a cada passo dado, o mundo sai do lugar nos levando a uma riqueza abundante de saber. |
sábado, 25 de junho de 2011
Um passo por vez
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