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domingo, 10 de julho de 2011

A noz dourada

    Aconteceu em véspera de Pessach.
    Todos vestiam roupas e sapatos novos, menos dois irmãos: Gadi e Tali. Eles estavam tristes por não terem uma roupa nova, pois o pai era muito pobre e a mãe encontrava-se adoentada.
     De repente apareceu um senhor de barba branca, rosto brilhando de bondade, e perguntou: - Por que vocês estão escondidos num canto?
    -Como podemos aparecer, se nossas roupas são velhas, nossos sapatos furados e nem mesmo temos nozes?
     O senhor olhou penalizado para as crianças, tirou do bolso uma noz e deu a eles:- Olhem o que achei no bolso. Peguem e brinquem. Eu não quero ver ninguém triste. E se foi.
     Os meninos olharam assombrados para a noz que era de ouro. Muito alegres passavam de mão em mão até que a noz caiu no chão e começou a rolar e ir para bem longe. Os meninos correram atrás dela até chegar a uma casinha. Bateram à porta e, como não havia ninguém, entraram. Na sala havia uma mesa cheia de roupas.   As crianças vestiram as roupas e muito alegres pegaram um cartão e escreveram: muito obrigado!
     Estava na hora de voltar e eles perceberam que tinham esquecido o caminho. Nesse momento a noz caiu no chão e começou a rolar levando os meninos de volta para casa.
     Chegaram, abraçaram seus pais que lhes perguntaram: - Onde vocês estiveram? Onde arrumaram roupas tão lindas?
     Gadi e Tali contaram sobre o simpático senhor, sobre a noz e os presentes.
     Os pais sorriram e disseram:- Só pode ter sido Eliahu Hanavi
    No decorrer das dez pragas, o Eterno revelou seu controle absoluto, mudando o curso das leis da Natureza atingindo as esferas de sua Criação - a Terra, a Atmosfera e os Céus.
     Através e apesar delas o homem aprendeu que sua sobrevivência depende do meio no qual vive, preservando, cultivando e respeitando os ciclos naturais do Universo.
     Celebrando Pessach, transponho-me e realizo um paralelo dos tempos marcantes de Moshé para os atuais c  om o surgimento de um novo olhar, mostrando-nos que não só o Homem como a Natureza sofreram e sofrem a ação divina com o derramar do sangue de milhões e milhões que morrem através de guerras e conflitos. O SER HUMANO ESQUECEU DE AMAR O PRÓXIMO.
    A corrupção, a maldade e a inveja criam energias negativas que se voltam contra o próprio criador.
    É importante que, ao lermos a Hagadá, nos responsabilizemos por todos os nossos atos manifestando uma ligação eterna com D’us, seguindo o caminho da bondade e da justiça, harmonizando nossas energias por um bem maior, canalizando bênçãos para que tanto nós como a Natureza convivamos em Paz para a preservação de todos

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