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terça-feira, 5 de julho de 2011

O RABINO

     Conta-se que certa vez um rabino juntou-se a um grupo que admirava os feitos de um equilibrista circense. Os discípulos admiraram-se ao vê-lo em situação tão mundana e o questionaram. O rabino, então, perguntou:
     ‘Vocês sabem como ele consegue?’ - e sem esperar resposta, continuou:
     ‘ Regra número um: em nenhum momento desviar sua atenção para o chapéu no qual lhe depositam dinheiro em reconhecimento. Se perder a concentração no que está fazendo, cai imediatamente. Regra número dois: não prestar atenção no próximo passo, mas mirar em direção ao mastro no final da corda. O objetivo é que permite o equilíbrio e oferece estabilidade para o próximo passo. Mas qual é o momento mais difícil e mais importante de sua tarefa?’
     Os discípulos se entreolharam confusos. Ele respondeu: ‘É o momento em que chega ao final da corda e tem que dar meia volta. Nesse momento, ele fica sem o mastro como referência. Aí, ele depende de um centro que ficou interiorizado nele.”

    Os conselhos práticos para a vida cotidiana trazem a sabedoria popular de nossa cultura. São receitas sobre a conduta humana de como viver ou morrer, tendo como ponto máximo as consequências desta fé.
   É necessário ter objetivos para encontrar o caminho para a sabedoria, que floresce e amadurece somente com o tempo.
 Uma percepção balanceada das consequências passíveis de decisões e ações faz com que se desenvolva o senso da confiança.
     Quando resolvemos tomar decisões, devemos nos focar em atingir a finalidade proposta contando com uma referência palpável eliminando a sensação do medo, da perda e da derrota.
     Segundo Baal Shem Tov: “Nas coisas mundanas não pode haver medo quando existe alegria e também não pode haver alegria quando existe medo. No que diz ao Sagrado, no entanto, onde há temor sempre se encontrará júbilo e vice-versa.”
     A fé em D’us é a certeza de ter sempre no que se segurar lá em cima.
     “Creio no sol, inclusive quando não brilha.
      Creio no amor, ainda que nem sempre o sinta.
      Creio em D’us, ainda que também Ele esteja em silêncio.”

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