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domingo, 3 de julho de 2011

O AGRICULTOR E O PESCADOR



    - Que faz você sentado aí, pescador?
    - Consertando a rede. O mar está calmo e eu quero ir pescar. Ninguém sabe quanto tempo o mar ficará calmo. E se vier uma tempestade?
    - Por que você escolheu uma profissão tão perigosa?
    - É que meu pai, meu avô, meu bisavô, todos foram pescadores.
    - E qual foi o fim deles?
    - Morreram no mar
    -Você  não tem medo de ir para o mar? Onde é a sepultura deles?
    - Nas águas do mar. E você, agricultor, qual foi o fim dos seus antepassados?
    - Meus antepassados morreram de velhice em suas camas.
    - E você não tem medo de dormir na sua cama?



    Neste conto lidamos com tradições que são passadas de geração em geração e respeitadas e assimiladas no seu contexto mais puro – a humildade.
     Segundo Bem Azai dizia: ”Não desprezes qualquer homem e não rejeites qualquer coisa, pois não há homem que não tenha sua hora, e não há coisa que não tenha seu lugar.”
     A humildade é um pré-requisito para receber a Torá. O Código da Lei Judaica declara “Não se sinta constrangido pela zombaria ou pelo ridículo. Para se receber a Torá você deve ser baixo, porém para mantê-la você precisa ser uma montanha.”
      A função da consciência e do saber é não compactuar com o óbvio. O vazio das respostas estabelece condições de comportamento que não podem ser padronizadas. Uma de nossas características é responder uma pergunta com outra pergunta dando margem a interpretações. O pré- conceito faz com que não nos enquadremos em afirmações que não são estabelecidas pelo comportamento rotineiro.
       É necessário rompermos com padrões de atitudes e elaborarmos um pensamento mais positivo, onde cada um tenha seu modo de pensar e agir, sendo esta a sua verdade.
      

Um comentário:

  1. Parabéns pela qualidade de seus comentários.
    Sábias palavras!
    Mil bjs
    Benjamin

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